Categoria: CINEMA

  • Geni e o Zepelim: divulgadas primeiras imagens de Ayla Gabriela como Geni

    Geni e o Zepelim: divulgadas primeiras imagens de Ayla Gabriela como Geni

    Ayla Gabriela como a Geni em ‘Geni e o Zepelim’ — Foto: Dan Behr

    O filme “Geni e o Zepelim”, dirigido por Anna Muylaert e produzido pela Migdal Filmes, está com as gravações em reta final. O fime é inspirado na Música de Chico Buarque e as gravações acontecem no Acre, desde o mês de maio. Ayla Gabriela interpreta Geni no filme. Nesta sexta-feira foi divulgado um vídeo da atriz falando da expectativa com a produção que deve estrear em 2026.

     Elenco

    Ayla é uma atriz trans reconhecida por seu trabalho no curta-metragem Pássaro Memória (2023), pelo qual recebeu prêmios nos festivais de Xerém e Barra Mansa. O renomado cantor e ator,  Seu Jorge também faz parte do elenco do filme e interpreta o Comandante, um tirano que chega à cidade em um imponente zepelim.

    Ainda são confirmados no elenco os Atores Gero Camilo (Carandiru) , Enio Cavalcante (Cangaço Novo) e Múcia Teixeira(Cangaço Novo). 

     Polêmica

    Ayla Gabriela como a Geni em ‘Geni e o Zepelim’ — Foto: Dan Behr

    O filme “Geni e o Zepelim”passou por uma polêmica recente relacionada à escolha da protagonista. Inicialmente, a atriz Thainá Duarte, uma mulher cisgênero, foi escalada para interpretar Geni, personagem tradicionalmente vista como uma mulher trans ou travesti. Essa decisão gerou críticas de diversos setores da sociedade, especialmente da comunidade trans, que apontaram para o apagamento da representatividade trans no cinema.

    Diante das manifestações, Anna Muylaert anunciou uma mudança na escalação, optando por uma atriz trans para o papel de Geni. Ayla Gabriela, uma atriz trans estreante em longas-metragens, foi escolhida para protagonizar o filme. Essa decisão foi bem recebida, sendo vista como um passo importante para a inclusão e representatividade trans no audiovisual brasileiro.

    Produzido por Iafa Britz, da Migdal Filmes, e coproduzido pela Paris Entretenimento e Globo Filmes, o longa já nasce com grande expectativa de público e crítica. A distribuição será feita pela Paris Filmes, o que garante uma boa inserção no circuito nacional. Geni e o Zepelim promete ser um dos grandes lançamentos do cinema brasileiro nos próximos meses, tanto por sua potência visual quanto pelo debate político e estético que propõe.

  • Pecadores: filme fala sobre algo além do que a cor da pele pode sentir

    Pecadores: filme fala sobre algo além do que a cor da pele pode sentir

    Por Francisco Julio Bárbaro Xavier

    Crítica

    Pode conter spoiler. Pecadores (Sinners) é um filme de terror, diz alguns divulgadores da saga do  diretor Ryan Coogler e o ator Michael B. Jordan. A dupla  trabalhou juntos em “Creed” (2015) e “Pantera Negra” (2018), sucesso de bilheteria.

    Michael B. Jordan, vem em dose dupla no filme. O ator interpreta os irmãos gêmeos Smoke e Stack. O filme, não é necessariamente de terror, mas fala sobre vampiros. Esses vampiros podem ter um tonalidade bem apática que os colocam bem acessos, com tons ofuscados pela realidade ainda mais sanguinária: o racismo na região no Mississipi, nos EUA, no início da década de 30.

    Poucas décadas após a abolição da escravatura no pais, a comunidade negra vive os assombros terríveis causados por grupos de ódios chamado de Ku Klux Klan.

    Esses grupos são extremistas radicais, disseminadores de ódio da extrema direita protestante que perseguiam e matavam negros e imigrantes. O filme faz uma menção a personagens imigrantes e descendentes que sofriam com a perseguição destes grupos. Os personagens orientais são Grace Chow, interpretada por Li Jun Li, e Bo Chow, interpretado por Yao.

    Pecadores destroem demônios

    Essas personagens orientais têm uma relevância na história, porque também fazem parte da comunidade oprimida na região. Eles são os únicos que podem entrar na casa de show criada pelas os irmãos.

    A engrenagem do filme, por demais interessante, é  assim, porque começa a ser contada como um rotineiro e suave filme de roteiro tipicamente americano, com sua abordagem aberta para mostrar o cotidiano e ambientação da comunidade passada no ano de 1932.

    Só por isso ele já mereça uma chance para atrair o cuidadoso telespectador. Mas depois de passado o momento monótono e linear,  vem estranhamente , que parece destoar de um filme tranquilo, uma quebra impressionante, que destoa de uma história de irmãos que se viram como pode e decidem abrir um bar em sua terra natal. Já por isso mereça aí um prêmio por melhor roteiro.

    Cenas que parecem totalmente fora de contexto, aparecem na frente dos indivíduos que assistem como um surto, mas não esses de terror barato. Eles entram por atmosfera que deixa o telespectador achando que o filme errou de prumo, ou que entrou uma cena errada no corte.

    De uma hora pra outra tudo muda. Se você não leu a sinopse, não acharia nunca que aquela filme fala de vampiros, até saltar na sua tela uma cena caprichada de alta destruição. 

    O mal só entra na vida do pecador se ele deixar entrar. Não é por educação, mas total falta de humanidade. Eles estão mortos, não vivem por uma eternidade. Não são humanos.

    A cura vem da alma

    O cântico ancestral ultrapassa as fronteiras do tempo. Ultrapassa os mundos e chegam ao universo do som. As fagulhas do cântico criam armaduras nas paredes do recinto e cria portais de proteção vindos das camadas ancestrais de choros, forças e curas de uma raça.

    Para aguentar a maldade e lutar por vida, sempre, desde os tempos mais cruéis de uma desumanidade, a força sempre foi alimentada pelo música que saía pelos poros da pela preta.

    O mundo conhece a música Black, o mundo conhece a música sentida e vivida na pele. O lado negro da força é preto, é corte e sangue. Sangue que foi derramado, é jorrado ainda pelas vielas de pardas e nubladas cidades cinzas.

    Se o filme fala de vampiros sanguinários? Se você olhar com calma, não estamos falando de vampiros, nem de gente se fala. O filme fala de ódio. De demônios que matam e que alguns tentaram a ferro e fogo sobrevivem ao mal que não pede licença para matar.

    Esse filme fala de perdas e de encontros com o divino. Talvez ele fale também de dor em ser o que se denomina um ser: pecador.

    Uns precisam de muito perdão para merecem serem considerados filhos de um Deus. Outros muitos mais precisam de perdão para as bocas e almas sebosas, que ousam matar filhos dos deuses.

    Por Francisco Julio Bárbaro Xavier

  • Nova série da Netflix vai contar a história chocante do desastre radioativo em Goiânia

    Nova série da Netflix vai contar a história chocante do desastre radioativo em Goiânia


    Prepare-se para reviver um dos episódios mais assustadores da história brasileira e que parece ter saído de um filme de terror, mas aconteceu de verdade. A Netflix acaba de anunciar o início das gravações de “Emergência Radioativa”, minissérie baseada no maior acidente radiológico do mundo ocorrido fora de uma usina nuclear: o caso do Césio-137, em Goiânia, em 1987.

    Com direção de Fernando Coimbra (Os Enforcados), criação de Gustavo Lipsztein e produção da Gullane, a série promete ser um verdadeiro thriller brasileiro com cara de cinema. E o mais incrível? Aqui, os heróis não são policiais nem soldados ,mas sim médicos, físicos e vítimas reais, em uma luta desesperada contra um inimigo invisível: a radiação.

    “É raro termos uma série de suspense que coloca cientistas como protagonistas. Queremos mostrar como pessoas comuns enfrentaram o inimaginável”, disse Coimbra ao About Netflix.

    Um brilho azul. Uma cápsula abandonada. Um desastre histórico


    Tudo começou quando dois catadores de recicláveis encontraram, em um hospital abandonado, um estranho aparelho de radioterapia. Dentro dele, uma cápsula com apenas 19 gramas de Césio-137, substância altamente radioativa, emitia um brilho azul hipnotizante. Sem saber do perigo, levaram o material para um ferro-velho, onde foi manuseado por diversas pessoas.

    O resultado foi devastador: 4 mortos, 249 contaminados diretamente e mais de 110 mil monitorados. Goiânia virou um caos. Casas foram demolidas, bairros interditados e toneladas de lixo radioativo precisaram ser enterradas em uma nova área criada só para isso.

    O desastre foi classificado como nível 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares , o mesmo nível de grandes acidentes como o de Three Mile Island (EUA).

    Produção nacional de peso
    “Emergência Radioativa” ainda não tem elenco confirmado nem data de estreia, mas já chama atenção pelo tema inédito e abordagem ousada. A Netflix também anunciou outras 9 novas produções brasileiras, incluindo séries, filmes e realities, reforçando seu investimento em histórias locais com apelo global.

    Se você gosta de séries baseadas em fatos reais, com suspense, tensão e drama, fica de olho que essa promete mexer com o Brasil inteiro.

  • Primeira edição do MECI movimenta o mercado audiovisual durante o 14º Olhar de Cinema

    Primeira edição do MECI movimenta o mercado audiovisual durante o 14º Olhar de Cinema

    Evento inédito no Brasil, o Mercado do Cinema Independente acontece de 16 a 18 de junho no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba

    O 14º Olhar de Cinema (Festival Internacional de Curitiba) apresenta uma das maiores novidades do audiovisual nacional em 2025: a primeira edição do MECI (Mercado do Cinema Independente), um espaço inovador dedicado à conexão entre realizadores, distribuidores, exibidores, plataformas de streaming, canais e outros profissionais do setor.

    O evento acontece de 16 a 18 de junho, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba (PR), e marca um avanço significativo para o fortalecimento da indústria do cinema independente no Brasil. Esta é a primeira iniciativa do país voltada exclusivamente para longas-metragens independentes, promovendo pitchings, painéis, masterclasses, estudos de caso e rodadas de negócios.

    “O 1º MECI oferece um espaço para conversas de negócios, troca de experiências e oportunidades reais de comercialização e visibilidade dos filmes brasileiros. É o momento ideal de construção de novos caminhos para o audiovisual independente nacional”, afirma Antonio Gonçalves Jr., diretor do Olhar de Cinema.

    Mais de 40 nomes confirmados

    A programação do MECI reunirá mais de 40 profissionais de destaque no mercado nacional e internacional. Estão confirmadas presenças como:

    • Fernanda Lomba e Ana Camila Esteves (produtoras);
    • Gabriel Cohen (executivo do Telecine);
    • Cristiano Lima (chefe de estratégias de conteúdo da Disney);
    • Barbara Wurm (curadora do Festival de Berlim);
    • Os cineastas Aly Muritiba e Marcelo Caetano, entre outros nomes de peso.

    O evento promete ser uma plataforma estratégica para fomentar parcerias, impulsionar negócios e ampliar as oportunidades para quem trabalha com cinema fora dos grandes estúdios.

    Credenciais e acesso

    O MECI oferece três tipos de credenciais, com pacotes que variam de R$147 a R$297. Confira os detalhes:

    • Credencial MECI – R$197
      Acesso aos três dias de evento, incluindo masterclasses, painéis, pitchings e confraternizações. Inclui submissão de projeto para sessões de pitching (inscrições até 13/05).
    • Credencial MECI + Festival – R$297
      Todos os benefícios do MECI, mais acesso ao Olhar de Cinema: filmes, festa de abertura e encerramento, catálogo oficial e descontos em produtos do festival.
    • Credencial Festival – R$147
      Acesso a filmes e eventos do festival, incluindo festa de abertura e encerramento.

    As credenciais estão à venda no site oficial: www.meci.com.br

    Um passo importante para o cinema nacional

    Segundo o diretor Antonio Gonçalves Jr., o MECI surge em um momento crucial:

    “O cinema independente brasileiro vive uma efervescência criativa, com produções diversas e de alta qualidade. Mas ainda falta um espaço estruturado para a comercialização e distribuição desses filmes. O MECI vem suprir essa lacuna, criando uma experiência imersiva, leve e potente.”

    Serviço

    1º MECI – Mercado do Cinema Independente
    📍 Local: Museu Oscar Niemeyer – Rua Mal. Hermes, 999 – Centro Cívico – Curitiba (PR)
    📅 Data: 16 a 18 de junho de 2025
    🌐 Site: www.meci.com.br
    📲 Instagram: @meci.br

    Produção: Grafo Audiovisual
    Apoio institucional: SIAPAR – Sindicato da Indústria Audiovisual do Paraná
    Incentivo: PrFilm Commission, Cultura Paraná e Secretaria da Cultura do Estado do Paraná – Governo do Estado do Paraná.

  • Globoplay inicia filmagens de No Jardim do Ogro

    Globoplay inicia filmagens de No Jardim do Ogro

    Longa-metragem dirigido por Carolina Jabor explora compulsão sexual e crise identitária; estreia prevista para 2025

    São Paulo, 1º de junho de 2025 – O Globoplay inicia no segundo semestre de 2025 as filmagens de “No Jardim do Ogro”, adaptação do romance “Dans le Jardin de l’Ogre” (2014) da premiada autora franco-marroquina Leïla Slimani. O projeto marca a primeira colaboração entre a diretora Carolina Jabor (“Casa Grande”) e a aclamada atriz Alice Braga, recentemente vista em produções internacionais como “The New Mutants” (2020) e na série “Assassinato no Fim do Mundo” (2023).

    Destaques do projeto:

    1. Adaptação literária: O romance original foi finalista do Prêmio La Coupole 2015 e vendeu mais de 200 mil cópias na França.
    2. Elenco em formação: Além de Alice Braga, o filme contará com atores globais em papéis-chave, ainda não revelados.
    3. Equipe técnica: Direção de fotografia de Lula Carvalho (“Tropa de Elite”) e produção executiva de Andrea Barata Ribeiro (“Cidade de Deus”).
    4. Filmagens: 9 semanas de gravação em São Paulo e cidades do interior paulista..

    A previsão é que o filme complete a pós-produção até março de 2026, com estreia prevista para o segundo semestre no catálogo do Globoplay. A Paris Filmes, coprodutora, estuda um lançamento teatral limitado antes da exibição na plataforma.

    Ficha técnica corrigida:

    • Título original: “Dans le Jardin de l’Ogre”
    • Adaptação: “No Jardim do Ogro”
    • Direção: Carolina Jabor
    • Protagonista: Alice Braga
    • Gênero: Drama psicológico
    • Classificação indicativa: 18 anos (provisória)

    Com informações da coluna Flávio Ricco, Portal Leo Dias.