Categoria: LITERATURA

  • Raphael Montes conversa sobre o livro Suicidas

    Raphael Montes conversa sobre o livro Suicidas

    Raphael Montes
    Créditos: Thais Alvarenga

    Escritor carioca se reunirá com leitores do Brasil e de Portugal para falar sobre seu romance de estreia

    O escritor e roteirista carioca Raphael Montes é o convidado do próximo Encontro de Leituras, que acontece no dia 8 de julho, às 18h do Brasil (horário de Brasília) e 22h de Portugal. O autor debaterá com os leitores o seu romance de estreia Suicidas, publicado em 2017 no Brasil pela Companhia das Letras e que chegou em junho às livrarias portuguesas pela Cultura Editora. O encontro é uma parceria editorial entre o jornal português PÚBLICO e a revista Quatro Cinco Um em torno de livros publicados nos dois lados do Atlântico. 

    No livro, Montes retrata um suicídio coletivo de jovens da elite carioca, que foram encontrados mortos no porão do sítio de um deles. A partir dos testemunhos dos que permaneceram vivos, a trama desvenda o mistério por trás do acontecimento.

    Vencedor do Jabuti por Uma mulher no escuro (Companhia das Letras, 2019), o escritor, que se firmou como um dos principais nomes da literatura policial brasileira, tem também experiência em adaptar filmes para o formato de livro. Seu suspense psicológico Uma família feliz (Companhia das Letras, 2024), foi escrito a partir do roteiro do longa-metragem, lançado no mesmo ano. 

    Além de escrever outros livros como Jantar secreto (Companhia das Letras, 2016) e O vilarejo (Suma, 2015), Raphael Montes está à frente de outras produções de sucesso, como Bom dia, Verônica, lançada em 2020 na Netflix, Beleza fatal, que estreou em 2025 na HBO Max, e Dias perfeitos, que será disponibilizada em agosto na Globoplay. 

    Sobre o Encontro de Leituras

    O Encontro de Leituras é uma parceria editorial entre o jornal português PÚBLICO e a revista Quatro Cinco Um em torno de livros publicados nos dois lados do Atlântico. Na presença de um escritor, editor ou especialista convidado, os leitores participantes discutem romances, ensaios, memórias, literatura de viagem e obras de jornalismo literário.

    Os encontros são online e gratuitos e acontecem sempre nas segundas terças-feiras de cada mês, às 18h do Brasil e 22h de Portugal. O evento não é transmitido nas redes sociais, nem disponibilizado depois, mas os melhores momentos são publicados no podcast Encontro de Leituras, disponível no Spotify, Apple Podcasts, SoundCloud ou outros tocadores. 

    A parceria entre a Quatro Cinco Um e o PÚBLICO conta também com um espaço editorial fixo nos dois veículos e uma newsletter mensal sobre o trânsito literário e editorial entre os países de língua portuguesa. A editoria especial publica materiais jornalísticos sobre autores do Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Timor que tenham sido lançados dos dois lados do oceano.

    A newsletter mensal traz notas, curiosidades, imagens e informações sobre as novidades das livrarias e os eventos literários em Lisboa, São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades onde se fala português. De vez em quando, na programação de festivais e em outras ocasiões, eventos presenciais são realizados.

    Sobre a revista Quatro Cinco Um

    Publicada em edição impressa, site, newsletters, podcasts e clubes de leitura, a revista dos livros seleciona e divulga mensalmente cerca de duzentos lançamentos em mais de vinte áreas da produção editorial brasileira. 

    Em linguagem clara, sem jargões nem hermetismo, os textos são assinados por nomes de destaque da crítica e da cultura. Tendo o pluralismo e a bibliodiversidade como nortes editoriais, a Quatro Cinco Um busca misturar em sua pauta diferentes gerações, sensibilidades e pontos de vista. Projetos editoriais especiais focalizam temas relevantes, tais como cidades, democracia e justiça, literatura infantojuvenil, literatura japonesa, literatura francesa e livros LGBTQIA+. 

    Desde 2019, a revista publica o 451 MHz, primeiro podcast da imprensa profissional dedicado exclusivamente a livros. A Quatro Cinco Um acredita no livro como objeto de transformação individual e coletiva, com base no princípio de que não há sociedade democrática sem ampla circulação de livros.

    SERVIÇO

    Encontro de Leituras – Julho

    Convidado: Raphael Montes

    Data: terça-feira, 08/07

    Horário: 18h do Brasil (horário de Brasília) e 22h de Portugal.

    Modalidade: online e gratuito, via Zoom

    Participe: link aqui

  • Google homenageia a Literatura nordestina: Mas Afinal qual é o dia do Cordel?

    Google homenageia a Literatura nordestina: Mas Afinal qual é o dia do Cordel?

    Literatura nordestina

    Hoje quem abriu o Google foi surpreendido por um doodle especial e cheio de rima. O buscador mais usado do planeta decidiu homenagear a Literatura de Cordel, porque existe um verdadeiro tesouro da cultura popular brasileira e nordestina! Mas afinal, você sabe o que é o cordel e por que ele merece tanto reconhecimento? E qual data se comemora o dia do Cordel?

    O que é a literatura e qual é o dia do Cordel?

    Mas a Literatura de Cordel é uma forma de poesia popular escrita em versos rimados e muitas vezes ilustrada com xilogravuras, imagens talhadas na madeira. Tradicionalmente encontramos esses livretos pendurados em cordões, daí vem o nome “cordel”. Eles ficam pendurados em barracas de feiras no Nordeste, onde os poetas declamam suas histórias em voz alta para o povo.

    É arte que se lê, se ouve e se sente.

    Mais que poesia, o cordel é cronista da vida real, contanto de forma simples e genial as alegrias, tristezas, lutas e esperanças do povo brasileiro.

    Uma herança que veio pra ficar

    Essa tradição chegou ao Brasil trazida pelos portugueses, porém foi no Nordeste que ela criou raiz, ganhou sotaque, cor, ritmo e identidade. De lá pra cá, passou a retratar o sertão, o cangaço, o romance, a fé, a política e até as celebridades!

    Cordel é o Brasil em forma de verso.

    Cordelistas que fizeram história

    Leandro Gomes de Barros é considerado o pai do cordel no Brasil, a data do Cordel é referente a sua data de nascimento. Já Patativa do Assaré, Zé da Luz, Rodrigo Bittencourt e Mestre Azulão eternizaram seus versos e foram fundamentais para transformar essa arte em patrimônio cultural imaterial do Brasil, título conquistado em 2018.

    E hoje temos novas gerações de cordelistas seguem mantendo a tradição viva, muitos deles misturando o cordel com rap, slam, teatro e performances nas redes sociais.

    Cordel no século 21: viralizou!

    Com a força das redes sociais, o cordel ganhou novos palcos: Instagram, YouTube, TikTok. Vídeos de poetas declamando cordéis emocionam, fazem rir e até viralizam. O que antes era lido nas feiras, agora corre o mundo com um clique.

    Cordel é resistência, é beleza, é voz do povo e merece ser celebrado todos os dias.

    Um Brasil que rima com orgulho

    A homenagem do Google ajuda a mostrar para o mundo o valor dessa arte tipicamente brasileira. Uma cultura que emociona, ensina e forma gerações. Que bom que o mundo está ouvindo o que o cordel sempre gritou em verso:

    “Sou poeta nordestino,
    Meu cantar vem do sertão,
    Levo a vida no folheto
    E o amor no coração.”

    O Dia do Cordelista — 19 de novembro

    Em homenagem ao nascimento do paraibano Leandro Gomes de Barros, nascido em 19 de novembro de 1865, esse dia foi oficialmente instituído como o Dia do Cordelista no Brasil. Portanto ele é considerado o “pai do cordel”, tendo produzido cerca de 240 folhetos e batizado o gênero como o conhecemos

    Por que essa data é tão emblemática?

    • Leandro Gomes de Barros foi um dos primeiros e mais prolíficos autores do gênero, porque eternizou histórias regionais, lendas e até lidos políticos em versos. Ele foi chamado de “o rei da poesia do sertão” por Carlos Drummond de Andrade e referenciado por Ariano Suassuna
    • Em 2018, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) reconheceu a Literatura de Cordel como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, uma vitória para o gênero e seus autores.

    🎭 Como se comemora?

    • Declamações, feiras com barracas de cordelistas, oficinas de xilogravura e rodas de poesia acontecem por todo o país, principalmente no Nordeste. Mas a comemoração maior é se dedicar a ler um livro de Cordel.
    • Escolas, bibliotecas e centros culturais promovem eventos que valorizam a métrica (sextilhas, decassílabos), a oralidade e o sotaque da cultura popular .
    • Cordelistas contemporâneos têm levado a arte para o digital: lives no YouTube, vídeos no TikTok e performances no Instagram ressaltam a adaptabilidade e o alcance moderno do cordel.

    🔎 Por que celebrar o cordel hoje?

    1. 📚 Preserva a memória histórica: memória coletiva que mistura história, lendas, política e vida popular, transmitida oralmente e também impressa em forma de folheto.
    2. 🎨 Arte popular rica: versos simples e diretos, apoiados por ilustrações fortes em xilogravura, aproximam o gênero de quem participa da roda de declamação.
    3. 🌍 Continuidade no século 21: o cordel sobrevive e se reinventa e viraliza no digital e unifica gerações, com temas atuais e performances online.
    4. 🏆 Reconhecimento institucional: a oficialização da data e o status do IPHAN garantem o respeito e a visibilidade cultural que a tradição merece

    🎤 Que verso poderíamos encerrar com emoção?

    “De Juazeiro ao Sertão inteiro,
    o cordel brota no olhar,
    enfeita verso, dramatiza
    e faz a cultura rimar.”


    Compartilhe nas redes para que mais gente se encante com o cordel e não esqueça: 19 de novembro está chegando, o Dia do Cordelista te espera com viola, poesia e muita alma nordestina!

    Quer adaptar essa matéria para status, carrossel no Instagram ou roteiro de vídeo? É só dizer!