O SBT acaba de decretar o fim de uma era. Em movimento radical, a emissora de Silvio Santos desmonta seu núcleo de teledramaturgia após décadas de produções icônicas como “Carinha de Anjo” e “As Aventuras de Poliana”. Antes, o Barbarizou falou que os seriados Chaves e Chapolin, estão chegando a TV Paga, Multishow e ao Globoplay, programas clássicos do SBT. Agora a mudança é com as novelas, que entra em vigor em agosto, sinaliza uma transformação sem volta no modelo de negócios da casa.
Fontes próximas à diretoria revelam que o fracasso comercial de “A Caverna Encantada” foi o estopim da decisão. Enquanto a novela afundava na audiência e nos retornos financeiros, a bem-sucedida parceria com o Prime Video em “A Infância de Romeu e Julieta” mostrou o caminho a seguir.
O novo SBT emerge como uma plataforma de exibição, seguindo o modelo da RecordTV. A emissora já negocia uma ousada coprodução com a Disney para 2026 – desta vez com envolvimento criativo direto dos estúdios norte-americanos, diferentemente do mero licenciamento praticado até agora.
Nos bastidores, a estratégia é clara:
- Terceirizar a produção para reduzir custos fixos
- Dividir riscos e lucros com gigantes do entretenimento
- Migrar para formatos curtos e multiplataforma
Enquanto o núcleo de novelas é desmontado, os funcionários recebem a notícia com um misto de nostalgia e apreensão. O SBT que conhecemos está morrendo para dar lugar a um novo animal midiático – mais enxuto, mais global e menos dependente da teledramaturgia tradicional.
A pergunta que fica: esta aposta ousada será suficiente para manter o SBT relevante na guerra do streaming? e na TV, ainda vai além? O tempo dirá, mas uma coisa é certa – a televisão brasileira nunca mais será a mesma. Esperamos que essa ideia seja somente por um breve tempo.
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