Google homenageia a Literatura nordestina: Mas Afinal qual é o dia do Cordel?

Literatura nordestina

Hoje quem abriu o Google foi surpreendido por um doodle especial e cheio de rima. O buscador mais usado do planeta decidiu homenagear a Literatura de Cordel, porque existe um verdadeiro tesouro da cultura popular brasileira e nordestina! Mas afinal, você sabe o que é o cordel e por que ele merece tanto reconhecimento? E qual data se comemora o dia do Cordel?

O que é a literatura e qual é o dia do Cordel?

Mas a Literatura de Cordel é uma forma de poesia popular escrita em versos rimados e muitas vezes ilustrada com xilogravuras, imagens talhadas na madeira. Tradicionalmente encontramos esses livretos pendurados em cordões, daí vem o nome “cordel”. Eles ficam pendurados em barracas de feiras no Nordeste, onde os poetas declamam suas histórias em voz alta para o povo.

É arte que se lê, se ouve e se sente.

Mais que poesia, o cordel é cronista da vida real, contanto de forma simples e genial as alegrias, tristezas, lutas e esperanças do povo brasileiro.

Uma herança que veio pra ficar

Essa tradição chegou ao Brasil trazida pelos portugueses, porém foi no Nordeste que ela criou raiz, ganhou sotaque, cor, ritmo e identidade. De lá pra cá, passou a retratar o sertão, o cangaço, o romance, a fé, a política e até as celebridades!

Cordel é o Brasil em forma de verso.

Cordelistas que fizeram história

Leandro Gomes de Barros é considerado o pai do cordel no Brasil, a data do Cordel é referente a sua data de nascimento. Já Patativa do Assaré, Zé da Luz, Rodrigo Bittencourt e Mestre Azulão eternizaram seus versos e foram fundamentais para transformar essa arte em patrimônio cultural imaterial do Brasil, título conquistado em 2018.

E hoje temos novas gerações de cordelistas seguem mantendo a tradição viva, muitos deles misturando o cordel com rap, slam, teatro e performances nas redes sociais.

Cordel no século 21: viralizou!

Com a força das redes sociais, o cordel ganhou novos palcos: Instagram, YouTube, TikTok. Vídeos de poetas declamando cordéis emocionam, fazem rir e até viralizam. O que antes era lido nas feiras, agora corre o mundo com um clique.

Cordel é resistência, é beleza, é voz do povo e merece ser celebrado todos os dias.

Um Brasil que rima com orgulho

A homenagem do Google ajuda a mostrar para o mundo o valor dessa arte tipicamente brasileira. Uma cultura que emociona, ensina e forma gerações. Que bom que o mundo está ouvindo o que o cordel sempre gritou em verso:

“Sou poeta nordestino,
Meu cantar vem do sertão,
Levo a vida no folheto
E o amor no coração.”

O Dia do Cordelista — 19 de novembro

Em homenagem ao nascimento do paraibano Leandro Gomes de Barros, nascido em 19 de novembro de 1865, esse dia foi oficialmente instituído como o Dia do Cordelista no Brasil. Portanto ele é considerado o “pai do cordel”, tendo produzido cerca de 240 folhetos e batizado o gênero como o conhecemos

Por que essa data é tão emblemática?

  • Leandro Gomes de Barros foi um dos primeiros e mais prolíficos autores do gênero, porque eternizou histórias regionais, lendas e até lidos políticos em versos. Ele foi chamado de “o rei da poesia do sertão” por Carlos Drummond de Andrade e referenciado por Ariano Suassuna
  • Em 2018, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) reconheceu a Literatura de Cordel como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, uma vitória para o gênero e seus autores.

🎭 Como se comemora?

  • Declamações, feiras com barracas de cordelistas, oficinas de xilogravura e rodas de poesia acontecem por todo o país, principalmente no Nordeste. Mas a comemoração maior é se dedicar a ler um livro de Cordel.
  • Escolas, bibliotecas e centros culturais promovem eventos que valorizam a métrica (sextilhas, decassílabos), a oralidade e o sotaque da cultura popular .
  • Cordelistas contemporâneos têm levado a arte para o digital: lives no YouTube, vídeos no TikTok e performances no Instagram ressaltam a adaptabilidade e o alcance moderno do cordel.

🔎 Por que celebrar o cordel hoje?

  1. 📚 Preserva a memória histórica: memória coletiva que mistura história, lendas, política e vida popular, transmitida oralmente e também impressa em forma de folheto.
  2. 🎨 Arte popular rica: versos simples e diretos, apoiados por ilustrações fortes em xilogravura, aproximam o gênero de quem participa da roda de declamação.
  3. 🌍 Continuidade no século 21: o cordel sobrevive e se reinventa e viraliza no digital e unifica gerações, com temas atuais e performances online.
  4. 🏆 Reconhecimento institucional: a oficialização da data e o status do IPHAN garantem o respeito e a visibilidade cultural que a tradição merece

🎤 Que verso poderíamos encerrar com emoção?

“De Juazeiro ao Sertão inteiro,
o cordel brota no olhar,
enfeita verso, dramatiza
e faz a cultura rimar.”


Compartilhe nas redes para que mais gente se encante com o cordel e não esqueça: 19 de novembro está chegando, o Dia do Cordelista te espera com viola, poesia e muita alma nordestina!

Quer adaptar essa matéria para status, carrossel no Instagram ou roteiro de vídeo? É só dizer!

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